terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tudo é o olhar !






Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...


Clarice Lispector

poesias de clarice !!

"O que eu sinto eu não ajo.
O que ajo não penso.
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e ajo como se entendesse."
Clarice Lispector



"A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre."


"Sou como você me vê,posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar."

"Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos.
Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres.”


"As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."


Pertencer
"Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos."



Agora preciso de tua mão,
não para que eu não tenha medo,
mas para que tu não tenhas medo.
Sei que acreditar em tudo isso será,
no começo, a tua grande solidão.
Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:
Por amor.

soneto da separação!

 Vinícius de Moraes






Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.



A cachoeira

Quero um amor de verdade !







eu quero um amor igual ao dos loucos que não precisa ser lúcido e racional o tempo todo!
quero um amor igual ao dos psicóticos que não teimam em serem pegos e condenados
quero um amor igual ao dos jovens puro
quero um amor igual ao dos magos,feiticeiros ,bruxos que é cheio de magia
quero um amor igual ao dos condenados que não precisa ser tão inocente
quero um amor igual ao dos hippies cheio de paz e amor
quero um amor igual ao dos roqueiros simplesmente sexo drogas e rock roll
quero um amor igual ao dos detetives louco para ser desvendado
quero um amor igual ao dos atores sempre querendo ser intepretado
quero um amor igual  ao dos drogados louco e sem medo de se mostrar doentio quero um amor igual  ao dos ativistas que luta sempre por uma causa
quero um amor igual ao dos intelectuais bem eloquente ,e com um demasiado vocabulário.
quero um amor igual ao dos covardes temendo ser descoberto
quero um amor igual ao dos matemáticos querendo ser calculado
quero um amor igual ao dos obssessivos nunca querendo ser largado
quero um amor igual ao santos querendo ser santificado
quero um amor igual ao dos deuses louco para ser adorado
quero  um amor igual aos dos atletas querendo ser radical
quero um amor com rendenção caso necessite ser perdoado!
quero um amor como os  dos padres ,cheio de vocação
quero um amor igual ao dos mais velhos belo e sábio
quero um amor  igual aos dos rebeldes cheio de indignação
quero um amor igual ao dos ricos cheio de sofisticação
quero um amor igual ao dos pobres cheio de humildade
quero um amor igual ao dos humoristas bem engraçado
quero um amor igual ao dos cientistas observado testado e aprovado
quero um amor igual ao dos juízes justo e legal
quero um amor igual ao dos presos com um quê de perigo e pecado
quero um amor igual ao dos reis e rainha nobre e suntuoso
quero um amor igual ao do operário simples e real
quero um amor igual ao dos poetas lindo e rebuscado
quero um amor igual ao dos professores e mestres digno de ser ensinado
quero um amor de aluno pronto para ser aprendido
quero um amor como o dos escritores pronto para ser escrito
quero um amor de etilista sempre na moda
quero um amor de jornalista pronto para me dar notícias
quero um amor de médico pronto para ser prestativo
quero um amor igual ao dos enfermos louco para ser curado
quero um amor igual ao dos advogados louco para ser defendido
quero um amor igual  aos dos índios lindo e selvagem
quero um amor de menina apaixonada sempre acreditando em ser real
quero um amor do passado , vivendo o presente ,esperando o futuro
quero um amor igual ao dos videntes esperando para ser advinhado
quero um amor duvidoso sempre pensando se é possível
quero um amor igual ao dos vaidosos sempre querendo ser lindo
quero um amor como os dos prepotentes querendo ser sempre o único
quero um amor grande e ao mesmo tempo pequeno
que viva comigo o futuro ,o fique comigo no presente ,que volte comigo ao passado .
ou seja quero um amor demasiado e verdadeiro
quero um amor de verdade!!!
É pedir muito?














A morte do palhaço





no começo era engraçado
no começo era benquisto
no começo ganhava um bom salário
no começo era saudavél
no começo talvez fosse feliz e não soubesse
no começo a vida era mediana
no começo seu show lotava
no começo as piadas apareciam do nada
no começo sabia fazer rir
no começo era otimista
no começo era talentoso
no começo tinha um lar
no começo tinha uma namorada que o amava
no começo não tinha medo do futuro
no começo tinha o que comer
no começo tinha onde dormir
no começo tinha amigos e poucos inimigos
no começo não sabia o que era marginalidade
no começo não tinha que correr do rappa
no começo não tinha que pagar ponto
no começo não tinha que temer o traficante da região
no começo não tinha que contratar putas para ter uma ilusão de amor
no começo não tinha que pagar para transar
no começo não precisava buscar amizade no CVV
no começo não sabia o quê era agiota
no começo não tinha credores batendo a sua porta
Mas do meio  em diante as coisas mudaram drastícamente só que para pior ,mas ainda não seria o fundo do poço.
Seus shows não lotavam mais e começaram a ficarem cada vez mais vazios até não restar nenhum tipo de platéia.
depois as piadas começaram a sumirem e não serem tão engraçadas
depois seu salário foi reduzido a quase nada ,mas dava para comprar comida
depois pegou sua namorada na cama com o malabarista e logo depois
ela fugiu com ele para longe ,alguns dizem que foram para São Paulo

O amor realmente havia acabado
depois desenvolveu uma rouquidão estranha ,já não podia mais trabalhar direito.
depois o cinema chegou levando embora praticamente todo o público
do lugar.
depois o circo que não podia  manter todos os empregados começou a fazer demissões dos mesmos afim de conter gastos,seu nome
apareceu na lista dos cortados.
depois o circo fechou as portas mandando o resto embora.
depois ficou sem condições de comprar comida e sem condiçoes de pagar os remédios do tratamento de sua rouquidão ,que mais tarde
virou um câncer na amídalas.
depois não conseguia emprego saia e nada sempre porta na cara
cada vez mais e mais elas eram batidas em sua cara.
depois para sobreviver virou artista de rua fazendo malabarismos e alguns truques de mágicas e claro tentando contar piadas.
depois teve que começar a ser maratonista e fugir do rappa
depois teve que começar pagar ponto ao traficante regional.
depois teve que se livrar dos menores infratores
depois começou a morar em uma casa abandonada
depois não achava amor então começou a pagar por ele
depois aprendeu a se viciar
depois tinha que dar parte do que conseguia ao traficante fornecedor
depois quis exclusividade com uma puta linda ,então teve que começar
a pagar para o cafetão dela para manter tal privilégio
depois começou a apanhar da polícia que achava que era um vagabundo mendigo
depois fez amizades com mendigos
depois presenciou uma assassinato de um nóia
depois presenciou  um espancamento de alguns mendigos por alguns trogloditas.
depois se viu obrigado a depender do sus
depois ficou invísivel
depois sua casa foi demolida
depois tentou achar um lugar para ficar ,mas no meio do caminho foi abordado, o bandido queria o seu dinheiro do dia ele se assustou então o bandido riu e depois disparou forte no palhaço.
Acho que o bandido, achou aquilo engraçado ,de repente o palhaço
se tornou a piada ,mas concerteza ela não tinha graça alguma.
ah! concerteza aquela piada era muito sem graça!

Absinto







Você é meu copo de loucura,minha insanidade quase permanente
minha decadência freqüente e pontual.
A discórdia que reina em meu ser
A gargalhada escandalosa e chamativa dentro do copo ,minha alegria forçada meu prozac matinal,vespertino e noturno e ás vezes meu valium e meu lexotan.
A minha fada verde minha inspiração e a minha ruína junto com a minha quase esperança
Uma idéia forçada e enganosa de liberdade a aventura em minha vida
torna a minha vida de cabeça para baixo.
O egoísmo existente em minha vida a pureza de minha vida
Te amo e te consumo dia e noite noite e dia o tempo inteiro.
Minha droga ,minha inspiração ,minha queda, meu céu ,meu mundo meu inferno,meu paraíso forçado dentro de uma garrafa de cor verde.
Minha fada verde,minha visão distorcida de mundo e minha felicidade distorcida e infundada dentro de uma garrafa.
Loucura extrema e piegas uma falsa idéia de romantismo e de amor sim amor, amor ao copo cheio de seu líquido precioso e a uma garrafa quase vazia de tanto ser utilizada e reutilizada inúmeras vezes,até já perdi as contas,não preciso contar e nem pensar vou tomando,tudo fica mais claro para mim, como fica claro para mim,quase não me agüento em pé não preciso me levantar ,pois sempre caio ,caio de joelhos implorando sempre mais um copo ,fico louca pela garrafa ,torna-se o meu chá da tarde e ás vezes até a minha sobremesa delíciosa sempre com o mesmo sabor ,mas eu não me canso de tomar e bebe-lo eu tenho ,eu preciso ,eu necessito ,sou louca e viciada pela garrafa toda e até pelo copo.
Nossa que loucura tenho que olhar a garrafa que pisca para mim eu a amo muito nossa ele é tudo para mim,eu sei ele é a minha ruína e uma felicidade equivocada,mas o amo assim mesmo ,tenho certeza que ele não está nem aí para mim ,mas não importa eu estou aqui por ele só por ele eu o quero só para mim.
Meu amado e adorado absinto,só com você eu fui feliz.
Só com você sou feliz
Só com você que hei de estar
Só com você quero me acabar
Te adoro, te sinto toda vez me chamando
Não fico sem você um dia ,mas sei que você consegue ficar sem mim um dia ,mas não importa
Eu não fico sem você e você sabe disso.
Te amo meu adorado absinto até os últimos momentos de minha caótica e ridicula vida.
Meu vício ,minha queda,minha loucura ,minha falsa idéia de realidade
Meu azar e minha quase sorte
Meu santo,meu anjo ,meu demônio
Meu pecado ,minha sina, meu fardo
Minha insanidade ,meu terror ,meu medo ,minha alegria ,minha poesia
Meu amigo e meu inimigo
Só hei de amar você só você!
Meu adorado absinto!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

me ajude se puder



M e ajude se puder ,encontrar a paz que não consegui
me ajude se quiser a entender o motivo
me ajude a tentar a viver eu já não consigo mais
me ajude a sonhar meus olhos não conseguem se fecharem
me ajude se a me acalmar eu não posso mais
me ajude a deixar de ser morfinizada pela realidade
me ajude  a esquecer uma fantasia
me ajude a tentar ser gente eu não aprendi a ser
me ajude a pensar meu cérebro está bloqueado
me ajude a rir eu já não consigo mais
me ajude a correr eu só fico estagnada
me ajude a ser feliz há tempos que eu não sei o que é felicidade.
me ajude a ser criativa não consigo criar nada
me ajude a voar eu só sei cair
me ajude a dançar eu estou sem ritmo
me ajude a cantar eu só sei desafinar
me ajude a amar eu só tenho odiado
me ajude a rimar eu não consigo
me ajude a lutar eu não venço uma batalha
me ajude a guerrear eu só sei desistir antes do final
me ajude a enfrentar o fim eu só sei antecipar o fim no meio
me ajude a reinar eu só sei fracassar
me ajude a liderar eu só sei ser mandada
me ajude escrever ,pois meus dedos tremem
me ajude a ignorar eu não consigo
me ajude a ser alguém eu só aprendi a ser ninguém
me ajude a ser o todo eu só sei ser o vazio
me ajude a sentir completada ,estou incompleta
me ajude a ficar alegre sem precisa ficar entorpecida
me ajude a deixar de viver uma vida que não é a minha
me ajude a ficar em pé estou tropeçando
me ajude a me equilibrar ,eu só me desequilibro
me ajude a achar alguém realmente confiavél ,eu só acho mentirosos e falsos
me ajude a ter dignidade eu já estou perdendo a minha
me ajude a ser mais lúcida eu estou enlouquecendo.
será que você realmente pode me ajudar?
então ajude-me se puder!!!!!!

eu sou o meu próprio carrasco!





Eu me condeno ,sofro  por ser muitas quem eu sou,mas não quero deixar de ser quem eu sou, não consigo.
eu me condeno a setença de mim mesma ,neste cruel mundo sem fim!
não quero juiz eu me  condenei a ser meu próprio juíz.
sou o inquisidor e a tocha que queimará por completo,aniquilando qualquer vestígio de minha existência insignificante e patética
nada mais mais tem valor ,não há justiças para os condenados como eu.
sou o retrato do odioso ser terreno ,me chicoteio por eu mesma e por ser eu mesma ,sem querer ser!
passo a guilhotina em minha cabeça esperando uma absolvição de
mim mesma por eu mesma!
oh! como sou irrevogável e odioso  ser digna de chibatas e cadeiras elétricas o bastante para não poder mais pensar em agir como eu,não posso ser eu neste mundo!
Sou o carrasco que chicoteia e condena o ser e organiza sua cabeça
a ser mostrada em público!
eu condeno ao sofrimento eterno o eu ,pois não quer deixar de ser eu
ele não pode ser eu não devo deixar isso acontecer ,pois o eu não deve ganhar do não eu!
chicoteio toda forma de não ser eu e  não poder ser eu para ninguém ,mais além do eu que aqui jáz em condenação eterna!
Sou o carrasco e te darei a dor mais profunda do mundo por tentar ser o eu não acabado sem a tal misericórdia do todo!
Nós somos o todo e você nenhum, o nada no mais frio do seres humanos e claro alguém insolente na visão do todo!
pare !você está narcortizada pelo eu e por isso eu o seu carrasco lhe condeno a morte na forca da maldade humana!
Morra, agora somente agora ,para não sofrer depois!!!
sofra agora, se quiser tentar a absolvição deste tal eu!!!
Que ser mais patético e insignificante é este tal eu!

O vinho do assassino





Charles Baudelaire

Livre! Minha mulher é morta!
Bebo o que o cálice contém.
Quando eu voltava sem vintém,
Gritava só der ver-me à porta.

Tenho de um rei todo o esplendor;
O ar é puro, o céu admirável...
Tínhamos verão tão amável
Quando eu caí morto de amor!

A sede atroz que me faz louco
Quem a pudera amortecer?
Só o vinho que pode caber
Na sua tumba e não é pouco;

E joguei-a de um poço ao fundo,
Joguei mesmo em seguida a corda
Como os calhaus de sua borda.
- Há de esquecer-se dela o mundo!

Por nossas juras de alegria,
(E não juramos nunca em vão!)
Para nossa conciliação
Como aos tempos de nossa orgia,

Implorei dela uma entrevista
À tarde numa estrada escura,
E veio a aluada criatura!
(Todo o mundo é louco ou artista).

Ainda ela era a mais garrida,
Embora bem fatigada! E
Eu ainda a amava; eis por que
Lhe disse: parte desta vida!

Quem me compreenderá? Um somente,
Do mundo da embriagues, mesquinho,
Pensará, nas noites de doente,
Fazer um sudário do vinho?

Este crápula tão traiçoeiro
Mas do que as máquinas do inferno,
Jamais, em verão ou inverno,
Conheceu o amor verdadeiro,

Com os seus negros alvoroços,
Seu cortejo infernal de espantos,
Seus frascos de veneno e os prantos
De seus ruídos de cadeia e de ossos!

Eis-me liberto e satisfeito!
Irei beber muito esta tarde;
Depois, sem medo e sem alrde,
Farei deste solo o meu leito,

E dormirei bem como um cão!
Um carros de rodas pesadas
Cheio de pedras das calçadas
Um enraivecido vagão,

Partir-me-ão a fronte que odeia
- Um prêmio dos delitos meu -
Mas zombo de tudo, de Deus,
De Satanás, da Santa Ceia!

Á sua espera





venha, estou a sua espera ,durante todos esses anos e como sua demora me custou tempo e algumas esperanças,eu já achava que não ia chegar nunca
estou a sua espera anos,meses ,dias até horas,que bom que veio,demorou ,mas veio ,veio de forma rápida e violenta parece apressada,eu irei contigo sem ,mais delongas,não há  motivo para esperarmos.
Não irei provocar ,mais a sua ira ,não há motivo para isso ,venha logo ,me tome em seus braços e espero que me leve logo anda senão irei pegar um resfriado ou algo do tipo ou talvez até uma cólera ou málaria não ir assim,assim não quero ,não devo ir.
quero ir bonita neste vestido branco ,branco como a neve a neve que cai lá fora e como cai cai como se fosse a única coisa mais linda neste mundo ,calma deixo me deitar antes não há tanta pressa assim ou há?
realmente estou calma não há motivo para nervosismo ou há?
Não está tudo preparado ? não preparou tudo antes com breve antecêndencia?
então não há como sair errado ou há?
estou esperando algum tempo aqui na minha cama ,não motivo para arrependimentos eu estou segura que isso é o único jeito e o único caminho.
Venha tome em seus braços e me leve junto com você para bem longe,longe daqui ,daqui não quero levar nada.
E o nada para mim já tudo ,então não há mais nada para carregar comigo não levarei nenhuma bagagem para onde vou não será necessário.
Rezar pelo quê não está tudo pronto não há motivo para pedir perdão ,ou cobrar perdão ou há?
Espero que não ,pois não quero deixar inimigos por aqui
seria terrivél não é mesmo?
Ora, ora! chega! não perderemos mais tempo ,afinal ele é precioso não há despedidas a serem dadas ,pois eu esperava por você ahá tempos minha amiga e tu serás meu único caminho e ao mesmo acolhedora e louca ,louca me agarre para não tentar fugir e tape a minha boca ,para que eu não grite.
Leve-me com você dona morte,pois  afinal eu sempre estive á sua espera.
Então me leve,leve-me em seus braços ,mas me leve para bem longe daqui,bem longe.

patético

Patético foi te amar!
Patético foi esperar que o mundo mudasse!
Patético foi eu ter acreditado que seria diferente
Patético foi ter me entregado tanto
Patético foi me deixar ser dominada
Patético foi ter tentado ser o que você queria
Patético foi ter lutado em vão
Patético foi ter gasto a minha fé com mau defunto
Patético foi ter tentado quando deveria ter parado
Patético foi ter falado quando deveria me calar
Patético foi ter ouvido quando deveria ter tapado os ouvidos
Patético foi ter sonhado quando deveria ser mais racional
Patético foi ter pensado muito antes de agir
Patético foi ter agido quando deveria ter pensado mais
Patético foi sorrir quando não deveria.
Patético foi ter fé em algo inanimado
Patético foi tentar ressuscitar algo que ja estava morto  há muito tempo atrás
Patético foi ter vivido uma vida que não era minha ,eu não tinha este direito
Patético foi ter sido impulsiva quando na verdade deveria ter sido mais repulsiva
Patético foi ter acreditado que santo ainda sabia fazer milagre
Patético foi ter achado que o próximo me daria sua outra face
Patético foi ter pensado que alguém ainda sabia perdoar
Patético foi ter acreditado que Deus ainda poderia me ajudar
Patético foi ter tentado amar o próximo como a mim mesma ,mesmo
quando  este não o merecia
Patético foi ter perdido o sono muitas vezes por causa dos outros
Patético foi nunca ter conseguido ser feliz ,mas criava a fantasia de que era
Patético foi ter sido boa quando na verdade queria ser má
Patético foi ter sido correta quando na verdade queria ser errônea
Patético foi ter feito barulho por nada
Patético foi ter aceitado o barulho quando queria silêncio
Patético foi ter me calado quando queria ter gritado mais alto
Patético foi ter gritado no momento errado ,quando ninguém ia ouvir ou
quando ninguém se mostrava disposto a ouvir
Patético foi ter achado que Judas era o único traidor
Patético foi ter julgado sem querer ser julgada eu não tinha que ter feito isso
Patético foi nunca ter dito desculpe-me eu sinto muito
Patético foi ter sido prepotente com quem não devia
Patético foi ter amado quando na verdade queria ter odiado
Patético foi ter andado em círculo muitas vezes
Patético foi ter tentado resumir a existência humana em fórmulas matemáticas
Patético foi achar que a religião sabia todas as respostas
Patético foi achar que sabia tudo quando na verdade não sabia nada
Patético foi ter tentado entender quando não deveria
Patético foi rotular o que não merecia ser rotulado
Patético foi ter gasto dinheiro quando deveria ter poupado
Patético foi ser social quando queria ser anti-social
Patético foi nunca esquecer algo que deveria ter sido esquecido
Patético foi lembrar quando não deveria
Patético foi me intrometer no que não devia
Patético foi ter apontado as causas,porém nunca as soluções
Patético foi nunca ter me aprimorado mais quando eu sabia que deveria ter feito isso
Patético foi ter me acomodado quando não devia
Patético foi cobrar o que nunca deveria ter sido cobrado
Patético foi ter sido fraca quando deveria ter sido mais forte
Patético foi não ter levado em conta a minha opinião
Patético foi ter gasto caneta com poema ruim
Patético foi ter feito você gastar seu tempo com este poema patético
e ao mesmo tempo caótico!
Perdoe -me se fui patética!
Nossa! de tão piegas isso, chega a ser Patético!!!